INCLUSÃO E EXCLUSÃO SOCIAL - UM DEBATE URGENTE, MAS NÃO EMERGENTE
A discussão acerca da inclusão social está em pauta nos dias de hoje. Há, sem sombra de dúvida, em várias esferas de debates, o uso constante dos termos “inclusão social” e “exclusão social”. Porém, a nossa reflexão vai além do conceito e significado dessas palavras. Consiste no desafio de buscarmos formas para o enfrentamento das expressões das desigualdades de nossa sociedade, cujo modelo de produção é o capitalismo.
Inclusão e exclusão são categorias interdependentes. A exclusão é resultante de um movimento estrutural, político e social que vem se constituindo ao longo da história. Diz respeito à
A privação a que nos referimos é, então, mais do que privação econômica. Há alguns poucos anos, havia ainda a perspectiva da ascensão social. As pessoas tinham a esperança de que economizando ou estudando – escolarizando filhos e netos – poderiam ascender, não apenas economicamente, mas socialmente também.
As privações que hoje constatamos, que nós podemos até chamar de “nova pobreza”, em contrapartida, não oferecem essa alternativa a aqueles que objetivam tanto a ascensão, mas, primordialmente, a dignidade social.
As políticas sociais, ações advindas do planejamento e da gestão pública para responder às demandas de crescimento e desenvolvimento de um país, e que hoje seguem o modelo neoliberal, implicam a proposital inclusão precária, instável e marginal. Têm se tornado ferramentas que claramente atenuam a conflitividade social e de classe.
Enfim, verificamos a existência de uma massa de população sobrante, que tem pouca chance de ser reincluída – se é que alguma vez estiveram incluídas – nos padrões atuais de desenvolvimento econômico e no plano social. Essa reintegração econômica e social para ser justa teria que se dar sem deformações no plano moral, com igualdade de direitos e deveres, ou seja, na reafirmação do princípio da Humanidade do Ser.
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